Novos Mercados-Máquinas: IBM e Febraban?

Aí, o jeito que o tempo têm de complicar as coiss.

No meio da década dos 2000, eu editava um jornalzinho sobre a indústria financeira. Tinha meu gabinete quase na esquina da Rua Wall com Water.

Na época, a NYSE — a Bolsa de Nova York — era a NYSE que sempre tinha sido, ou assim pensavamos, e além de uma “demumutalização” da bolsa, não havia muita gente esperando as enormes mudanças à vir. John Thain, ex-Goldman e mostrado acima à esquerda, parecia ser um homem esperto mas nunca espertalhão.

À mesma época, atraia atenção o model de consolidaçao  de pequenas bolsas pela ambiciosa e tecnicamente avançada OMX, a Bolsa de Oslo, em Noruega. Eu sempre isso um modelo que deveria interessar a BM&F, seguindo nos passos do seu grande amigo e mentor, o Chicago Mercantile Exchange.

Da Nasdaq eu, pelo menos, eu não esperava senão que ia continuar sendo o Nasdaq, cotando os preços em letras dez metros de altura no Times Square.

Então, a fusão NYSE-EURONEXT, e a emergência de bolsas de valores e balcões de transação inventandas na hora, em vez de crescer sobre o curso de um século, como tinham feitas a Londres e a NYSE.

E agora?

Do Estadão | Nasdaq e ICE elevam proposta pela Nyse em US$ 350 milhões.

A Nasdaq OMX Group e a IntercontinentalExchange ICE melhoraram a oferta para comprar a Nyse Euronext, oferecendo-se para pagar US$ 350 milhões, além da proposta anterior de US$ 11,18 bilhões, se autoridades antitruste bloquearem o negócio. Às 11h25 de Brasília, as ações da Nasdaq subiam 0,22%, as da ICE caíam 0,20% e as da Nyse avançavam 0,98% em Nova York.A oferta melhorada foi apresentada numa carta formal para o conselho Nyse Euronext, que na semana passada rejeitou a proposta não solicitada por motivos estratégicos.”Nós acreditamos que o conselho da Nyse Euronext procurará aumentar o valor para seus acionistas, reunindo-se conosco, para avaliar a nossa proposta melhorada”, disse o chefe-executivo da ICE, num comunicado.Representantes da Nyse Euronext não estavam disponíveis para comentar a notícia.

Uma coisa que podiamos afirmar com certa confiança é que a IBM se movimentará aggresivamente para se estabelecer no mercado financeiro brasileiro, com seu servidor Websphere, por exemplo. É um palpite meio. Eu acho que Microsoft pisou na bola demias vezes com lançamentos de plataformas estratégicos demais que não aconteceram na hora combinada.

Você quase não lê sobre estes casos, cê tem que observar, por exemplo, que a tentativa de remontar o sítio de uma campanha política no ano passado começou com o plataforma de ponta, o IIS7, mas acabou de volta ao IIS6 após muito tempo fora do ar.

É como se Santos Dumont tentasse voar antes de construir e testar as asas.

O Febraban, sindicato dos banc os, por exemplo, parece estar trabalhar com mãos dadas na área de processamento de dados na área bancária — uma tarefa muita vezes mais dificil de que mandar algum gringo à lua, sem exagero demais.

Afiliados do sindicato estão sendo convidados a vários eventos e apresentados com inúmeros “guias ao comprador.”

O impressionante é o contrabando de toda essa campanha por tudos os canais e dutos da mídia social gringa;

A mensagem emana da Avenida Madison para ecoar na imprensa nativa. E uma vez que o S. Paulo é o coração dos mercado de capital do futuro, naturalmente ouvimos as vozes de autoridades e os aos quais devem seu autoridade.

Algo que eu não sabia antes foi a absoluta hegemonia e onipresência da empresa John Deere no Brasil. Faz sentido num país dois-terços agrícolas, mas o cardápio de bens capitais e serviços financeiros oferecido pela indústria de tratores mais tradicional de mundo — os primeiros foram impelidos pelo vapor — é um fato bem Século 21.

Falando em geral, eu chamaria o labirinto de dutos dessa rede de uma MOSCOU — um mídia dando voz a uma sociedade civil irrisóriamente comprometido com assuntos sociais — a campanha Trânsito Mais Gentíl teve resultados positivos que podmos medir? — de oligópolios unidos para parar os bárbaros de concorrência livre às portas.

Para que os quadrinhos de Pato Donald jamais sumirem da mesa de janto da clã Civita, que subiu na vida colando e vendendo a criatividade alheia desde que o Victor adquiriu aquela participação controladora em Papelprensa, o monopólio hoje público-privado de papel.

O pior de todo, porém, é a hubris de pensar que a ESPN podia exportar o beisebol para qualquer canto do mundo.

Em fim, eu chutava muito nessa nota, mas digo com certa certeza que campanhas de propaganda veteranas serão tirados dos estantes e atirados contra o consumidor brasileiro, com inúmeras revistas “enriqueça-se na bolsa” e “Deus ama a bolsa porque Ele ama a liberdade” a serem ignorada nas bancas.

É por isso que os amo, amigos brasileiros. O poder de fogo dos sindicatos patronais é tal que, se a federação quiser que todo mundo consuma um sapo umavez por semana, as pessoas engolem. Também simplifica a questão de quem tem que ser massageado para dar o aval que vale.

Honestamente, acho o Brasil uma das economias de mercado mais prejudicada pela força dos zaibatsus — estnais falando de verdadeiros zaibatsus, com, inclusive, a relação incestuosa com o poder público — que o habita, do mesmo jeito que o miliciano habita a Zona Oeste.